terça-feira, 3 de agosto de 2010

Hoje iremos falar sobre Ateísmo (2° postagem sobre Religiões)


Ao falar sobre o ateísmo, muitos tendem a simplificar tal ideia ao simples conjunto de pessoas que simplesmente negam a existência de um ou vários deuses. Contudo, o desenrolar dessa questão está cercado de âmbitos mais complexos marcados pela postura e os pressupostos que definem as diferenças entre cada um dos descrentes. Dessa forma, podemos apontar que o ateísmo se desdobra em formas múltiplas de se reconhecer e agir em um mundo desprovido de deuses.

Para alguns ateus, a inexistência das divindades não se limita ao mero espectro de se colocar presença dessas em dúvida. Além de não acreditarem em Deus, muitos ateus defendem que seja possível – por meio de argumentos racionalmente constituídos – comprovar a ideia de que os deuses e sua realidade espiritual não sustentam a criação do mundo em que vivemos. Dessa forma, os integrantes do chamado “ateísmo forte” abraçam o desenvolvimento de um diálogo avesso à existência divina.

Em contrapartida, existem alguns ateus que encaram o ponto da insistência divina como uma opção de âmbito pessoal. Ao invés de se lançarem ao extenso simpósio vinculado ao tema, os representantes do “ateísmo fraco” limitam o abandono às divindades enquanto postura calcada em opções próprias. Sendo assim, estes ateus não se dispõem a participar ativamente do entrave existente entre os partidários da presença de Deus no mundo e os já citados ateus fortes.

Considerados por muitos como um desdobramento do ateísmo fraco, ainda podemos falar sobre a existência dos agnósticos. Os partidários dessa concepção preferem não se comprometer em uma posição rígida sobre o assunto. Para estes, não existem argumentos suficientemente maduros para que a inexistência de Deus seja terminantemente comprovada. Da mesma forma, não se convencem definitivamente que seres espirituais regem o processo existencial mundano.

Ao observar tantas modalidades do pensamento ateu, podemos ver que a questão pode girar em torno das mais variadas nuances. Ser ateu não implica necessariamente em atacar ou desprezar os demais indivíduos que se apegam à presença divina. De tal forma, observamos que assim como as formas de ver a interferência de Deus no mundo variam entre as diferentes religiões, a forma de se encarar a ausência divina também está cercada por um rico corolário de concepções e posturas.



Amanhã saberemos um pouco sobre o Budismo.


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