quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Equilíbrio marca debate entre candidatos na TV Gazeta


Líderes de pesquisas evitaram agressões e preferiram discutir propostas para Alagoas


O debate promovido pela TV Gazeta, entre a noite da terça e o início da madrugada desta quarta-feira, foi marcado pelo tom de quilíbrio entre os candidatos que aparecem na frente das últimas pesquisas - Fernando Collor de Mello (PTB), Ronaldo Lessa (PDT) e Teotônio Vilela Filho (PSDB). Ele participaram do encontro procurando adotar uma postura de não agressão, sem troca de farpas, preferindo discutir propostas para Alagoas. Os outros dois candidatos, Mário Agra (PSOL) e Jeferson Piones (PRTB), também apontaram saídas para problemas do Estado, mas tiveram participação mais agressiva. As discussões começaram às 22h40 e terminaram aos 40 minutos de hoje, mediadas pelo jornalista Alexandre Garcia, da Rede Globo. A Gazetaweb transmitiu todo o debate ao vivo e em tempo real, através de seu blog e do Twitter.


O candidato Tony Cloves chegou a ter acesso às dependências da TV Gazeta para participar do debate, graças a uma liminar concedida pelo Tribunal Regional Eleitoral que autorizava a sua presença. Contudo, poucos minutos antes do início do encontro, os organizadores do evento conseguiram derrubar a liminar junto ao Tribunal Superior Eleitoral, através de despacho assinado pelo ministro relator Marcelo Ribeiro.


Do lado de fora da sede da Organização Arnon de Mello, na Rua Aristeu de Andrade, no Farol, correligionários de Collor, Téo Vilela e Lessa se agruparam, com trios elétricos, telões e muitas bandeiras. Em número menor, também marcaram presença adeptos das candidaturas de Jeferson Piones e Mário Agra. Eles torceram por seus candidatos com muita vibração, de forma ordeira, sem troca de agressões, dando uma lição de democracia.


O debate foi constituído de cinco blocos. Dois com temas determinados sobre educação, saúde, segurança pública, habitação, entre outros, sorteados pelo mediador. De acordo com os temas sorteados, as perguntas eram elaboradas pelos candidatos e feitas entre si. A escolha dos 12 temas incluídos na urna ficou a cargo da produção da TV Gazeta. Os outros dois blocos foram livres. Cada candidato escolheu a quem e o que perguntar. O último bloco foi para considerações finais

Debate tem início com discussão sobre cultura, planejamento e violência

O debate teve início com o mediador das discussões, o jornalista Alexandre Garcia, da TV Globo, explicando aos cinco candidatos as regras que norteariam perguntas e respostas. Em quatro dos blocos, um foi destinado exclusivamente às considerações finais, enquanto que nos demais, o mediador sorteou perguntas e candidatos que seriam indagados, com cada um tendo um minuto e 30 segundos para resposta, um minuto para réplica, além de mais um minuto para a tréplica, de modo que todos os postulantes a mandato eletivo pudessem participar igualitariamente.


Abrindo o debate, o primeiro a perguntar foi o candidato Ronaldo Lessa (PDT), que dirigiu sua indagação a Jeferson Piones (PRTB). Com o sorteio do tema cultura, Piones disse enxergar um ‘descaso em relação a tudo nos últimos 20 anos’. “É preciso se repensar Alagoas entendendo a cultura como aquilo que vem de dentro do povo, aliada ao turismo e à educação, trazendo grandes divisas ao Estado, que possui uma grande diversidade. Mas, reforço, é preciso que se alie esta cultura à educação, porque, com a quantidade de analfabetos, as pessoas não vão entendê-la”, avaliou.

Em sua réplica, Ronaldo Lessa lembrou avanços que teriam marcado seu governo. “Nós dobramos o número de vagas na Educação. Mas o turista não quer ver só praia. Proponho que haja uma legislação de incentivo à cultura em Alagoas”, analisou Lessa, sendo rebatido por Piones, que questionou os investimentos citados por Lessa. “Não podemos dizer que o que vemos está muito bonito. Não podemos falar em evolução também naquele governo. O povo vê”, discordou.


Na sequência, foi Jeferson Piones quem perguntou a Fernando Collor sobre ‘Crescimento das Cidades’ – o segundo tema sorteado –, indagando-lhe sobre suas propostas caso seja eleito.

Em resposta, Collor lembrou os avanços que implementara quando prefeito de Maceió. “Quando fui prefeito, elaboramos um Plano Diretor. Graças a isso, a nossa capital não cresceu de forma tão desordenada. Também investimos no turismo. Daí surgiram hotéis importantes, a partir da organização das praias de Ponta Verde e Jatiúca. Outro avanço foi a duplicação da Avenida Assis Chateubriand. Minha preocupação é que o plano foi descaracterizado, com o anúncio da construção de prédios de 20 andares na região norte, por exemplo”, argumentou o também senador da República, que ouviu de Piones que ‘a citada falta de planejamento é a causadora do surgimento de tantas favelas em Maceió’.

Na tréplica, Collor emendou: “Àquela época, a vinda de pessoas do interior para a capital, em busca de melhores condições de vida, era algo que não caberia a mim resolver. O que pudemos fazer, fizemos”.


Dando sequência ao debate, Fernando Collor, novamente com a palavra, fez pergunta ao candidato Téo Vilela sobre a ‘elevada carga tributária em Alagoas’, indagando-lhe sobre como trabalharia para resolver o problema. “Nós temos beneficiado as empresas por meio de incentivos fiscais. Alagoas hoje oferece segurança jurídica e dá a devida assistência ao empresário. Hoje, 42 novas indústrias estão chegando, além de 30 novos hotéis. Apenas o estaleiro de Coruripe vai gerar 10 mil empregos diretos. Mas tributo é importante para sustentar a máquina pública”, respondeu o governador.

Contudo, Collor, na réplica, discordou dos números apresentados pelo candidato tucano. “Sinceramente, não vejo tanto investimento. Falta um combate sistemático à violência, que afugenta os investidores. Falta também investimento em Educação”, reforçou o candidato do PTB.


Novamente com a palavra, Vilela disse que a questão da violência ‘é realmente um problema nacional’. “As ações que temos feito são contundentes no combate ao crime. Estamos numa luta constante. Mas as empresas estão chegando”.
Téo Vilela agora pergunta a Mário Agra, citando projeto do governo estadual que, segundo ele, seria exemplo para o Brasil, indagando o candidato sobre suas propostas no quesito Educação.

Em resposta, Agra ressaltou existir, segundo ele, um grande déficit devido à evasão escolar em Alagoas. “O Estado de Alagoas possui o pior índice em Educação. O governador fala como se estivéssemos vivendo na Suécia ou na Dinamarca. Falta também investimento nos jovens para que ingressem no primeiro emprego. Governos anteriores também foram responsáveis por esse caos”, alfinetou o candidato do Psol, sendo questionado pelo atual chefe do Executivo.

“Conseguimos cinco mil novos computadores e disponibilizamos 51 mil vagas a mais. Estamos também capacitando os professores, para que egressos do ensino fundamental possam migrar preparados”, comentou Vilela, sendo novamente rebatido por Agra, que disparou: “O nível salarial dos professores deixa a desejar. Parece não existir sequer sala de aula. O Governo tem de buscar dinheiro com os devedores, mas muitos deles não são cobrados. É por isso que temos estes índices sociais negativos”.

Já quando o tema sorteado foi dívida pública, o candidato Mário Agra foi quem formulou pergunta, reportando-se à forma com que o próximo governador irá tratar do assunto, dirigindo a indagação a Ronaldo Lessa, que respondeu: “Fomos buscar o que Alagoas tinha a receber quando governador. Isso aconteceu inclusive com o setor mais importante, o dos usineiros. Mas a outra dívida pública diz respeito ao governo Fernando Henrique Cardoso e que ainda muito castiga o nosso Estado”.

Novamente com a palavra, Agra engrossa seu discurso acerca do endividamento do Estado. “O senhor governador ‘empurrou’ a dívida”. Na tréplica, Ronaldo alfinetou: “Fizeram o acordo e o Téo ‘usineiro’ acabou beneficiado”.

Na sequência, encerrando o primeiro bloco, a produção do debate concedeu direito de resposta a Collor, acusado por Mário Agra de ter deixado um ‘rombo’ em Alagoas quando governador. O senador afirmou, categoricamente, que o acordo dos usineiros ‘foi uma decisão do STF [Supremo Tribunal Federal], determinando que pagássemos àquela categoria, sob pena de o Estado, à época, sofrer intervenção federal’. “O senhor candidato precisa fazer um exame de consciência acerca das mentiras que diz”, criticou.

2º bloco do debate

O 2º bloco do debate da TV Gazeta foi iniciado com os candidatos fazendo perguntas, uns aos outros, sobre temas livres. O primeiro concorrente a perguntar foi o tucano Teotonio Vilela, que indagou Mário Agra sobre a avaliação do psolista a respeito da área de agricultura. “O Governo do Estado extinguiu a Emater e a Empresa de Pesquisa e Extensão e não deu assistência técnica ao pequeno agricultor. Além disso, fez contratação de profissionais de forma provisória, quando o necessário é a realização de concurso público”, disse Agra.

Em réplica, Vilela respondeu que criou políticas públicas para a área. “Nós estamos resgatando a extensão rural. Contratamos provisoriamente, mas vamos fazer concurso. Adquirimos 150 viaturas para operacionalizar a agricultura no Estado e tiramos a febre aftosa da zona de risco desconhecido e a carne do nosso gado já pode transitar em todo o Brasil”, defendeu o tucano.

“No Sertão, no interior, há a necessidade da assistência técnica. Os agricultores estão há tantos anos sem assistência, sem o acompanhamento técnico e não venha dizer que os investimentos que você está fazendo são suficientes. Você manda 570 milhões para o sistema financeiro e não dá dinheiro para a agricultura”, afirmou Mário Agra em tréplica.

Mário Agra e Collor falam sobre pesquisa do GAPE

Em seguida, o agrônomo Mário Agra questionou Fernando Collor sobre a metodologia de pesquisa do Instituto GAPE. “O GAPE é um instituto autônimo, composto por professores capacitados da Universidade Federal de Alagoas e não sofre interferências de ninguém. É tanto que, em 2006, o candidato Teotonio Vilela Filho usou os números do GAPE para dizer que a sua eleição foi lícita. o GAPE dava o Teotonio como primeiro colocado”, argumentou Collor.

Agra continuou questionando os dados divulgados pelo GAPE e a credibilidade do Instituto, apesar de reconhecer que os profissionais que trabalham na entidade são altamente qualificados. Collor treplicou: “As pesquisas do GAPE não são manipuladas. Se assim fosse, seus resultados seriam rapidamente contestados por aqueles que também trabalham com pesquisas”, resumiu.

Violência é tema de pergunta de Collor

Em seguida, Fernando Collor comentou com o candidato Ronaldo Lessa a respeito de um recente levantamento divulgado por um instituto de pesquisa nacional que apontou as cidades de Maceió e Arapiraca como os dois municípios mais violentos do Brasil. Ele quis saber do ex-governador, o que fazer para reverter esse índice negativo.

“O atual governador diz que já recebeu do meu governo um alto índice de criminalidade. Então, eu pergunto: por que esse governo não investiu em pessoal? 85% dos policiais militares de Alagoas hoje fazem parte da corporação porque eu fiz os concursos. Na Polícia Civil eu tripliquei o efetivo. É preciso fazer mais concursos públicos. E, ainda na minha gestão, adquirimos 600 viaturas e ganhamos um prêmio nacional de Direitos Humanos”, disse Lessa.

Em réplica, Fernando Collor afirmou que o concurso público é uma das saídas para o combate à violência. “São cerca de 2,5 mil policiais militares para quase três milhões de habitantes. De fato, esse efetivo é muito pequeno para minimizar os índices de criminalidade. Além disso, 60% da tropa já tem mais de 45 anos”, alertou o petebista.

Lessa concluiu sua fala dizendo que o atual governo não adotou medidas para combater a violência e que mais de cinco mil pessoas já foram assassinadas nessa gestão.

Piones defende planejamento participativo

Quarto candidato a ser questionado sobre tema livre, o professor Jeferson Piones falou a respeito de ‘pessoal’. Quando questionado por Ronaldo Lessa a respeito do que fazer para melhorar o quadro de servidores do Estado, o político do PRTB defendeu um planejamento participativo. “É preciso um planejamento participativo para saber em quais áreas estão as carências. Vamos saber do professor se ele está satisfeito e se existe carência na rede pública. Será que os recursos estão sendo aplicados de forma satisfatória na opinião dos funcionários da Saúde? Temos que ouvi-los para saber onde e no quê é preciso investir”, respondeu o professor.

Vilela fala sobre suposto envolvimento na operação Navalha

O candidato à reeleição Teotonio Vilela foi indagado a respeito da sua participação na operação Navalha. A pergunta foi feita por Jeferson Piones. “Eu fui ao Ministério Público Federal prestar os esclarecimentos devidos à ministra Eliane Calmon. Quero dizer que esse problema da operação Navalha começou no governo do meu antecessor. A minha participação nessa história é porque fui pedir para que os recursos federais não fossem desviados para uma conta única do Estado”, defendeu-se Vilela.

Piones, em réplica, contestou o atual governador e chegou a ironizá-lo ao dizer que, se o Estado se preocupa tanto com verba pública, não deveria ter permitido a devolução de dinheiro destinado à Educação pelo governo federal. “Essa é uma gestão ineficiente, lenta e não sabe tirar Alagoas da miserabilidade”, alfinetou o professor.

“Essa não é uma gestão lenta, mas prudente”, retrucou Vilela.

No terceiro bloco, os candidatos seguiram debatendo questões relacionadas aos mais diversos temas. O primeiro tema sorteado foi ‘investimento’, enquanto que o sorteado para fazer a pergunta foi Jeferson Piones, que escolheu perguntar para Ronaldo Lessa. “Não existe respeito ao uso do dinheiro público. Você teria condições de retirar pessoas, seus aliados políticos, que estariam agindo incorretamente?”.

Lessa respondeu afirmando que ‘todos que agiram irregularmente foram afastados de seu governo’. “Investimos seis vezes mais do que havia sido feito. Recuperamos as ALs 101 Norte e Sul. Trouxemos o aeroporto internacional, Centro de Convenções e a Nova Ceasa. Foram investimentos importantes de infra-estrutura. O que determina o crescimento é o investimento em pessoal, quando como fizemos com a carreira do professor”, recordou o ex-governador.

Novamente com a palavra, Piones disse que algumas empresas ainda preferem outros Estados a Alagoas, devido à falta de incentivos. “Não dá para cobrar algo indevido às pessoas que queiram aqui se instalar”, argumentou o candidato do PRTB. Na tréplica, Lessa lembrou também ter contribuído para com o desenvolvimento da rede hoteleira, ‘contribuindo assim à geração de emprego e renda’. “Também criei o Banco do Cidadão, incentivando o micro-empreendedor”, salientou.

Sorteado, Ronaldo Lessa perguntou para Collor sobre o que o candidato faria para melhorar a Saúde em Alagoas, lembrando ter construído a Unidade de Emergência do Agreste e ‘dobrado’ a Maternidade Santa Mônica. O candidato Fernando Collor corroborou com a opinião de que a situação de fato é caótica no que diz respeito ao tema em Alagoas. “Estive em Arapiraca para tentar evitar que um hospital particular feche por falta de condições de funcionamento. Assim também ocorre ao Hospital de Santana do Ipanema. Nós precisamos investir e ir além do quesito fiscal”, comentou.

Novamente com a palavra, Lessa lembrou, com indignação, ‘que Alagoas não possui uma única Upa (unidade de pronto atendimento)’. “Agora é que o atual governo, depois de quatro anos, vem começar a recuperar o hospital de Santana”, alfinetou o candidato pedetista.

Collor, de volta com a palavra, ressaltou a necessidade de ser aumentar o repasse do SUS [Sistema Único de Saúde] para os hospitais alagoanos. “Quando presidente, recebemos inúmeros prêmios pelos investimentos em Saúde, como na política de erradicação do Sarampo. Irei implantar os muitos projetos que deram certo aqui em nosso Estado”, conclamou.

O candidato Fernando Collor, na sequência, foi o sorteado para perguntar a Vilela sobre meio ambiente. “Temos um problema muito sério em Alagoas, com nossas praias completamente poluídas. A balneabilidade é baixíssima também em nossas lagoas. Qual o seu programa para despoluí-las?”

Em resposta, Vilela confirmou as afirmações e comentou: “Quem vai à Vila Brejal vê o esgoto sendo despejado na lagoa. Mas estamos realizando o maior programa de saneamento de Alagoas, retirando o esgoto das portas das casas e limpando a lagoa, saneando Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca. Quando assumi o governo, tínhamos 15% de área saneada. Ao final deste ano, teremos 30%. Sabemos que é preciso fazer muito mais. O déficit é imenso”.

De volta com a palavra, Collor disse que os números não condizem. “Alagoas tem 11,3% com condições ideais de saneamento. A última grande obra de saneamento foi no meu governo, em 1980, com a construção do emissário submarino. A última vez em que foi feita uma dragagem para evitar o sumiço do sururu, também foi no meu governo”, criticou o também senador.


Contudo, já na tréplica, Vilela reforçou: “As obras estão em andamento, com 80% concluídas em Maceió. Conseguimos também recursos para saneamento de todos os municípios da Bacia do São Francisco. Estamos também criando as zonas de proteção ambiental em áreas particulares, numa ação junto aos produtores de açúcar”.

Em mais um tema sorteado, Téo Vilela perguntou a Mário Agra sobre emprego. “Quando assumi o governo, Alagoas era recordista em desemprego. Estamos trabalhando para gerar emprego. O que o senhor faria?” Em resposta, Agra refletiu: “O investimento em turismo ainda é muito pequeno. A situação era e continua caótica. Muitas áreas têm potencial turístico deslumbrante, como de Piaçabuçu a Piranhas. Não funciona porque o senhor governador só explora a orla de Maceió. Falta ação de governo. Essas informações não batem com a realidade”.


Novamente com a palavra, Téo rebateu a acusação do candidato do Psol. “A Federação das Indústrias tem os dados, empresa por empresa. E estamos investindo naquela área, como na recuperação de estradas. Nunca se investiu tanto para gerar emprego, a exemplo da vinda da Vale Verde, de uma nova fábrica da Braskem, gerando dezenas de empregos”, afirmou o candidato tucano, o que não convenceu o adversário.

“Se essa estrada tiver a mesma velocidade com que está sendo duplicada a AL 101 Sul, nunca veremos nada concluído”, ironizou Agra, criticando o fato de o governo depender “‘somente’ dos PACs do governo federal”. Em seguida, foi Mário Agora quem perguntou a Piones sobre a solução que se poderia adotar contra a criminalidade, reportando-se ao fato de Alagoas já ter alcançado números que se comparariam à guerra do Iraque.

“Temos de dar qualificação à polícia, respeitando o policial em termos de salário e de infra-estrutura. Aqui as pessoas sabem onde o crime acontece, mas nada se resolve. Falta ação governamental, lembrando que o crime ocorre porque as pessoas não têm oportunidade de emprego”, respondeu Jeferson Piones.

Na réplica, Mário Agra lembrou que ‘dos oito mil policiais, mais de mil já deveriam estar na reserva’. “Nós servidores não recebemos aumento há anos. Neste Estado, sequer se recebe em dia. Para alguns não se paga nem o piso salarial”, criticou o candidato.

Na tréplica, Piones disse que toda a população ‘está refém da droga e dos criminosos’. “O governo atual faz a situação inversa. Ao invés de valorizar servidores da casa, traz pessoas de fora. Se o crime é organizado, a polícia precisa ser mais organizada ainda”.

4º bloco foi marcado novamente por temas livres

O 4º bloco do debate da TV Gazeta voltou a ser feito com temas livres. Mas, antes de iniciar o sorteio de quem seria o primeiro candidato a questionar um dos concorrentes, Teotonio Vilela teve direito de resposta concedido pela produção da emissora. Ele respondeu a uma crítica feita por Jeferson Piones, que afirmou que o governo sabe quem mata em Alagoas e não pune. “No meu governo, doa a quem doer, os inquéritos são feitos e encaminhados à Justiça”, disse ele.

Dando continuidade ao encontro, Fernando Collor perguntou a Teotonio Vilela sobre violência. Ele contou ao adversário político que fez uma caminhada em Chã de Bebedouro nesta segunda-feira (28), ocasião em que foi abordado por uma comerciante que pediu providências no combate a criminalidade e quis saber os planos de governo do tucano, caso seja reeleito.

“Quando assumi o governo a violência tinha crescido 300% . Equipamos a polícia com 400 viaturas e implantamos a polícia comunitária e vamos ampliá-la. Também ampliaremos o número de comunidades terapêuticas para recuperar os jovens das drogas”, prometeu Vilela.

Lessa é questionado sobre habitação

Em seguida, Teotonio Vilela perguntou a Ronaldo Lessa sobre o porquê do governo do pedetista ter construído ‘poucas’ casas. “Seus números são diferentes dos meus. Eu construí 56Km de saneamento para milhares de casas que construímos. E se eleito, vou construir 40 mil porque contarei com o apoio do governo federal. Aliás, esse governo do Estado só tem construído habitações porque vem recursos da União, não tem um só centavo estadual”, afirmou Lessa.

Vilela rebateu, confirmou que o Estado tem recebido recursos federais, mas alegou que essa realidade só acontece hoje porque o governo ajustou as contas de Alagoas. “Alagoas hoje tem projetos, está adimplente, tem recursos para a contrapartida, presta conta dos convênios e zela pelas obras”, respondeu.
Sobre o recebimento de recursos federais, Lessa foi contundente: “O Estado hoje recebeu recursos federais, mas devolveu. Não interessa a esse governo educar o povo. E também devolveu verba do Pronasci”, acusou.


Terceiro candidato a responder perguntas no 4º bloco, o candidato Mário Agra falou o que pensa a respeito do tema ‘investimentos em Alagoas’. “Alagoas quase não faz investimentos, tem R$ 6 bilhões de uma dívida impagável. Na verdade, o que vemos, é que nós pagamos nossos impostos, mas os grandes não o fazem. Precisamos de mais estradas e muitas outras obras”, afirmou o psolista.

Lessa usou o espaço da tréplica para dizer que construiu o Centro de Convenções, que fez várias estradas e que investiu muitos recursos para o desenvolvimento de Arapiraca. “Já nesses últimos quatro anos, o que aconteceu? Não houve sequer um investimento em abastecimento. E Alagoas também precisa de políticas públicas para na área da energia”, disse o pedetista.

Piones fala sobre ‘finanças’

“O rombo que se fala que existe é grande, por isso, precisamos de fiscais mais independentes para poder fiscalizar e arrecadar com mais eficiência. Os ficais precisam de autonomia para trabalhar e cobrar não só dos pequenos comerciantes. Além disso, sabemos que os recursos arrecadados não são aplicados como devem”, criticou o professor do PRTB.

Piones também afirmou que o Estado não deve cobrar apenas daqueles que ‘não fazem parte do grupo político’ ligado ao poder e defendeu a realização de concurso público para o cargo de fiscal de renda.

Collor responde pergunta a respeito dos bens declarados à Justiça Eleitoral

Jeferson Piones, último candidato a fazer perguntas, indagou o candidato Fernando Collor sobre a sua declaração de bens e disse que o petebista possuía imóveis no exterior. “Eu não tenho bens fora do Brasil e tudo o que possuo está declarado em meu Imposto de Renda e na minha declaração encaminhada à Justiça Eleitoral como manda a lei”, respondeu Collor.

Na sequência, o petebista aproveitou o tempo restante para defender sua proposta de educação integral para crianças e jovens que estudam na rede pública de ensino. “Queremos escolas onde os alunos ingressem às 07h30 e só saiam às 17. No primeiro horário, vão estudar e, à tarde, vão se dedicar ao lazer, ao esporte, à cultura e, durante todo o dia, terão cinco refeições. Enfim, vamos semear a escola ampliada em todo território alagoano”, finalizou Fernando Collor.

Considerações finais

Por fim, o quinto e último bloco do debate, exclusivamente destinado às considerações finais de cada candidato. O primeiro a utilizar o tempo foi Mário Agra – cada um teve direito a um minuto. “Quero agradecer ao eleitor que nos vê, tendo a oportunidade de observar esta discussão. Saiba que não estou envolvido com ninguém que tenha sido acusado de corrupção. Nosso partido é novo, mas limpo”, resumiu Agra.

Na sequência, Ronaldo Lessa agradeceu à organização do debate ‘e a todos os políticos que nos apoiam, em especial ao presidente Lula, que me convocou para esta missão’. “Alagoas precisa crescer como cresce o Brasil. Não deram continuidade ao avanço de nosso governo. Por isso peço o seu volto para trabalhar em prol do trabalhador”, emendou.

Também em sorteio, Teotonio foi o terceiro candidato a se despedir: “Sou alagoano como vocês. Conheço cada pedaço dessa terra e quanto mais eu ando, mas me orgulho de fazer parte desse povo, que resiste e trabalha. Hoje somos um Estado honesto e digno. Voltamos a crescer, ainda temos problemas, mas tenho certeza de que estamos no caminho certo”.

Logo em seguida, foi o candidato Fernando Collor quem fez uso da palavra. “Esperança. Essa é a palavra que me motiva. Precisamos fazer renascê-la no coração de cada jovem, acometido pelos índices sociais negativos que tanto nos atormentam. Como prefeito, governador, senador, presidente da República e hoje presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, onde construi ótima relação com a ex-ministra e futura presidente Dilma”, avaliou o petebista.

E encerrando o debate, o candidato Jeferson Piones, do PRTB, fez uma ‘convocação’ ao eleitor alagoano. “Vote em 28 para a renovação desse Estado. Faremos de Alagoas um Estado para os alagoanos. Vote consciente”.






da Gazetaweb

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Candidatos participam de debate da TV Gazeta nesta terça-feira


Teotonio Vilela, Fernando Collor, Ronaldo Lessa, Mário Agra e Jeferson Piones vão apresentar ao eleitor suas propostas para AL


A TV Gazeta realiza hoje debate entre os candidatos ao governo do Estado. Durante 1 hora e 35 minutos Teotonio Vilela (PSDB), Fernando Collor (PTB), Ronaldo Lessa (PDT), Mário Agra (PSOL) e Jeferson Piones (PRTB) vão poder apresentar ao eleitor suas propostas para Alagoas. O debate começa logo após a novela Passione, da Rede Globo, por volta das 22 horas.

Vinte e cinco profissionais de jornalismo, além de equipes técnica, de marketing, segurança e pessoal administrativo foram mobilizados para que tudo ocorra com a máxima eficiência.

Pela manhã, logo após o programa Bom Dia Alagoas, começa a montagem do cenário, que é padrão global para todos os Estados. No final da manhã também chega a Maceió o jornalista Alexandre Garcia, que será o mediador do debate. À tarde, ele se reúne com a direção de jornalismo da TV Gazeta e, duas horas antes do início do debate, estará nos estúdios da emissora para a preparação final.

“Toda a equipe está envolvida para que tudo corra bem”, afirma a diretora de jornalismo da TV Gazeta, Maria Goretti. “Como eleitora, minha expectativa acredito ser a mesma do eleitor alagoano, que os candidatos apresentem propostas de como enfrentar os problemas mais crônicos no Estado”, ela observa, ao ressaltar: “Que objetivo do debate seja a discussão das propostas e soluções de problemas para Alagoas. Que não partam para o campo pessoal”.

Pelo formato do debate, Goretti acredita que o nível da discussão deverá, de fato, seguir o caminho da apresentação de propostas. “Serão cinco blocos. Dois com temas determinados sobre educação, saúde, segurança pública, habitação, entre outros, sorteados pelo mediador”, informa Maria Goretti. De acordo com os temas sorteados, as perguntas serão elaboradas pelos candidatos e feitas entre si.

A escolha dos 12 temas que serão incluídos na urna ficou a cargo da produção da TV Gazeta.

Os outros dois blocos, ressalta a diretora da TV Gazeta, serão livres. “Cada candidato escolhe a quem e o que perguntar. O último bloco será para considerações finais”.

Segundo Goretti, as regras do debate foram elaboradas pelo matemático Oswald de Souza, para que todos os candidatos perguntem e respondam ao menos uma vez por bloco.

Esperado com expectativa por candidatos e eleitores, o debate da TV Gazeta é uma tradição que se repete a cada eleição. O formato e a padronização são marcas registradas. Expectativa ainda maior por causa do resultado das pesquisas de intenção de votos, que aponta para um empate técnico entre Teotonio Vilela, Fernando Collor e Ronaldo Lessa. “O debate sempre contribui com o processo, obviamente que depende muito da performance do candidato”, observa Maria Goretti.

A diretora informa ainda que a partir das 18 horas haverá mudança no trânsito da Ladeira da Catedral. O fluxo de veículos será desviado para a Rua Ângelo Neto. Para isso, a TV Gazeta obteve autorização do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran).

O debate vai ser transmitido simultaneamente pelas rádios Gazeta-Maceió, Gazeta AM Pão de Açúcar, Gazeta FM Arapiraca e Palmeira FM, de Palmeira dos Índios.






Gazeta de Alagoas

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Não venda seu voto... Ele não tem preço.


Apesar da rigorosa legislação eleitoral, que proíbe qualquer benefício ao eleitor em troca do voto, candidatos têm abusado da ausência de fiscalização e da omissão de parte da população na busca pelo voto através de troca de favores e vantagens ao eleitor. Não é preciso investigar muito pra saber quais candidatos andam na contramão da lei, basta andar pelo Município e perguntar as preferências de voto e os motivos das mesmas que facilmente é possível identificarem a troca de favores entre alguns eleitores e certos candidatos.

A lista de benefícios oferecidos por alguns candidatos em troca do voto inclui: transporte gratuito de eleitores, promessas de carteira de habilitação, realização de torneios, tratamentos dentários, doação de material esportivo, cadastro de votantes com oferta de pagamento pelo voto, distribuição de combustível, doação de material de construção e até mesmo promessas de emprego, cargos e assessorias para os cabos eleitorais mais dedicados.

Nesse mercado negro em que figuram o eleitor ambicioso e ignorante e o político criminoso e espertalhão, a mercadoria é a consciência das pessoas e as consequências são mais quatro anos de abandono, de total ausência de representantes voltados a discutir a melhoria da qualidade de vida da sociedade.

O político que praticar a compra de votos pode ser condenado de um a quatro anos de prisão. Aqueles que forem eleitos, além da perda do mandato, podem ficar impedidos de se candidatar a qualquer cargo público por oito anos e terão de pagar multa. O eleitor também pode ser responsabilizado criminalmente se for flagrado vendendo o seu voto ou se a prática for comprovada.



por Neilton Ferreira

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Cartório de Eleitoral de Campo Alegre nos últimos ajustes para as eleições


Faltando poucos dias para a realização de mais um pleito eleitoral, já está quase tudo pronto para a realização das eleições 2010 em Campo Alegre. As urnas eletrônicas já se encontram no Fórum da cidade, às escolas para local de votação já estão devidamente reservadas, e as pessoas que trabalharão para a Justiça Eleitoral já foram capacitadas.

O Cartório eleitoral alerta para o prazo final para tirar segunda-via dos títulos eleitorais que vai até o dia 30 do corrente mês.

O TRE/AL comunica que para o exercício do voto no dia 03 de outubro, 1º Turno, ou no dia 31 de outubro, em eventual 2º Turno, o eleitor deverá apresentar além do título eleitoral, documento oficial com foto, a exemplo de: carteira de identidade, CNH, carteira de trabalho, passaporte, identidade funcional, entre outros.

Outro cuidado que o leitor deve ter é com relação à sequência de votação: Deputado estadual, deputado federal, 1º senador, 2º senador, Governador e por último presidente.

Confiram os respectivos locais de votação:

Escola Miguel Matias: Seções - 1, 2, 3, 4, 5, 20, 21, 33, 39, 47, 50, 56, 62
Escola Hildebrando Guimarães: Seções – 6, 7, 8, 24, 25, 26, 27, 28, 35, 36, 65, 66
Escola Dom Constantino Luers: Seções – 9, 10, 16, 17, 18, 19, 29, 32, 38, 44
Escola João Fernandes Vieira: Seções – 22, 31, 40, 42, 46,
Escola Pedro de Oliveira: Seções – 45, 54, 55, 58, 60, 31, 63, 64, 67
Escola Felizardo Souza Lima: Seções – 11, 12, 13, 14, 15, 23, 30, 34, 41, 43, 48






por Blog do Márcio José

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Parabéns ao Amigo Jornalista e Blogueiro Maikel Marques


Maikel Marques (MTB/AL 652) é jornalista formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Exerceu a Chefia de Reportagem da Gazeta de Alagoas (Sucursal Arapiraca).

Atualmente, está Editor de Cidades, na Gazeta de Alagoas, em Maceió. Apaixonado por fotografia e por comunicação digital, mantém o blog atualizado desde 2006. É vencedor do Prêmio Banco do Brasil/Petrobras de Jornalismo (2005).


Um dos melhores Jornalistas do Estado, Maikel vem mostrando através do seu Blog e do bom trabalho, o Jornalista está de idade nova hoje. Vai aqui os meus sinceros votos de parabéns ao maior Jornalista do estado de Alagoas, Maikel Marques.


Parabéns amigo, que seu sucesso seja duradouro na presença do Criador, um grande abraço e felicidades sempre.



por Neilton Ferreira

Alunos são premiados no Primeiro Cuncurso Municipal da Língua Portuguesa


Alunos, professores e diretores do município de Campo Alegre participaram nesta terça-feira 21 de setembro da solenidade de premiação para os alunos vencedores do Primeiro Concurso Municipal de Língua Portuguesa que teve como tema “O lugar onde vivo nos seus 50 anos”, Campo Alegre.


O evento realizado na Escola Municipal Miguel Matias, reuniu docentes e discentes de todas as instituições de ensino participantes do concurso, que teve como principal objetivo promover a criatividade dos alunos nos segmentos, cartazes, poesia, memória, crônica e artigo de opinião.


O concurso foi realizado nas escolas durante os meses de Julho e Agosto escolhendo assim os melhores de cada instituição, e uma comissão julgadora formada por professores e coordenadores da SEMED escolheram os melhores textos e cartazes no geral.


A festa de premiação teve a presença da secretária Nádja Maria que mais uma vez quando usou da palavra destacou todo apoio que recebe do prefeito Maurício Tenório para que possa desempenhar estes importantes projetos.


Durante a solenidade teve a apresentação da peça teatral “O JULGAMENTO DA LITERATURA DE CORDEL”. A peça de autoria do professor José Jadilson foi encenada com muito brilhantismo por alunos da Escola Hildebrando Guimarães sob a coordenação do professor Antônio Máximo.
Confira os alunos premiados por categoria:


Cartazes


Sayane Santos de Medeiros – Escola Municipal João Fernandes Vieira FilhoWesley Alex Gomes – Escola Municipal Felizardo Souza LimaAlisson Guilherme dos Santos – Escola Municipal João Fernandes Vieira Filho


Poesia


Isamara Maria da Silva – Escola Municipal Olival Tenório Costa netoHentony Vieira da Silva Souza - Escola Municipal Hildebrando Veríssimo GuimarãesNayara Karine Ferreira da Silva – Escola Municipal Miguel Matias


Memória


Bruna Milena M. LacerdaJosilene da Silva dos Santos - Escola Municipal Hildebrando Veríssimo GuimarãesCarolina Barbosa de Albuquerque – Escola Municipal Olival Tenório Costa neto


Crônica


Jefferson Valério de Melo - Escola Estadual Dom Constantino LuersNatalie Caroline da Silva – Escola Municipal Hildebrando Veríssimo GuimarãesAlicelia Vanessa da S. Santos – Escola Municipal Olival Tenório Costa neto


Artigo de Opinião


Gerlândia da Conceição Lima – Escola Estadual Dom Constantino Luers











por Blog do Márcio José

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Parabéns aos Radialistas pelo seu dia


Dois fatores foram essenciais para o investimento e o conseqüente desenvolvimento do rádio: a disputa de novos mercados para a produção industrial em expansão, após a Primeira Grande Guerra, e a salvaguarda da vida no mar.

Das interferências e ruídos dos primeiros aparelhos de rádio, pesados, enormes e à válvula, aos pequenos, leves e modernos rádios de transistores, muita pesquisa e empenho foi necessário.

Dois nomes foram de extrema importância para o desenvolvimento do rádio. Segundo registra a história e a data de registro da patente, o italiano Guglielmo Marconi foi o responsável pela invenção do rádio.

No entanto, também se cogita que um padre brasileiro, chamado Roberto Landell de Moura, teria sido o primeiro a transmitir a voz humana sem auxílio de fios.


A patente para o seu invento, no entanto, só foi conseguida depois que Marconi já havia patenteado sua invenção.

No Brasil, a primeira transmissão radiofônica aconteceu no dia sete de setembro de 1922, em um evento de comemoração pelo aniversário de 100 anos da independência.

Uma estação de rádio foi instalada no Corcovado e, além de música, emitiu o discurso do então presidente da República, Epitácio Pessoa.

Em 1923, foi fundada por Roquete Pinto a primeira emissora de rádio do país: a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.

O profissional de Radialismo é responsável por criar, produzir e dirigir programas para rádio e televisão.

Para isso o radialista deve ter conhecimentos de conceitos de Comunicação Social e de procedimentos técnicos da atividade profissional.

O radialista também produz textos para televisão e rádio e trabalha com narração e comentário.

Este profissional pode exercer as funções de comunicador social em emissoras de TV e rádio, pode escrever ou adaptar roteiros, além de organizar e dirigir programas de rádio e televisão.

Parabéns a todos os radialistas em especial, Álvaro Guimarães, Márcio José, Arquelino César e Edival Moura.





por Neilton Ferreira

domingo, 19 de setembro de 2010

Acidente na AL220, motorista ficou preso nas ferragens durante mais de quatro horas


Um acidente automobilístico registrado na manhã de hoje, domingo 19 de setembro, na Rodovia AL 220 próximo a Usina Porto Rico no município de Campo Alegre, deixou o condutor de um caminhão caçamba preso na cabine do veículo por mais de quatro horas.

O motorista identificado como Wallisson Osias Alves Neto, 25 anos, perdeu o controle do veículo de placas MUJ 6439, de Campo Alegre, e caiu em uma ribanceira, e teve a cabine soterrada pela carga de areia que transportava.

O resgate do condutor mobilizou duas viaturas de resgate dos bombeiros, uma equipe do Samu de Campo Alegre além de uma equipe do Samu Aéreo de Maceió. O motorista ficou preso as ferragens, mas durante todo tempo esteve consciente.
Walisson que também é conhecido como Ia-iá, recebeu atendimento médico enquanto um guincho que presta serviço à Usina Porto Rico estabilizava o caminhão.
O trabalho dos bombeiros durou mais de quatro horas tentando tirar o motorista da cabina retorcida.

O trecho da AL-220, onde ocorreu o acidente ficou interditado por mais de quatro horas. Os motoristas tiveram que improvisar um desvio através da usina.

Familiares e amigos de Walisson, acompanharam, apreensivos, toda a operação de resgate. Walisson é motorista da ambulância do Samu em Campo Alegre e também trabalha no caminhão caçamba no transporte de areia fazendo bico.
Depois de muito trabalho dos bombeiros e Samu o motorista foi retirado da cabine e foi levado para o Hospital Unidade de Emergência de Maceió.


Veja a matéria completa e o video do resgate acessando: http://www.alagoasultimahora.com.br/v1/

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Grupo teatral de Campo Alegre se apresentará na UNEAL em Arapiraca


O grupo de teatro Cultura Viva da escola Hildebrando Verissímo Guimarães de Campo Alegre estará apresentando a peça O Julgamento da Literatura de Cordel em Arapiraca para os professores da UNEAL e estudantes do PGP, neste sábado 18/09 as 10:30h no pátio da faculdade.


A peça conta a tragetória da literatura de cordel desde seu surgimento até os dias atuais. Durante o julgamento ela é acusada de uma série de crimes, dentre eles: prevaricação, falsidade ideológica, mentiras, etc. É uma comédia que faz o público refletir sobre a importância desse estilo literário ao tempo que se diverti com suas peripécias.


O elenco é composto por alunos do sexto ao nono ano da escola, é da autoria do professor José Jadilson e tem a direção do professor Antonio Máximo Barbosa, tem o apoio técnico do professor Hélio costa e da equipe de produção que são os amigos da escola, Jeferson, J.C.,Junior, Adriano, Cláudio, Wellingthon e Renata, todos são alunos da escola.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Acidente na AL 220 próximo a Campo Alegre deixa uma vítima fatal


Um acidente automobilístico ocorrido por volta das 19 horas de hoje, quinta-feira 16 de setembro, feriado da Emancipação Política de Alagoas, deixou uma vítima fatal.O acidente aconteceu em um trecho da rodovia AL220 entre as cidades de Campo Alegre e Limoeiro de Anadia.A colisão envolveu um Táxi com placa de Arapiraca e dois caminhões de carga que viajavam com destino a Arapiraca.


A vítima foi uma jovem que ocupava o táxi, que segundo informações da polícia estava sem roupas e consumia bebidas. O motorista do táxi fugiu do local.


Segundo informações dos condutores dos caminhões o condutor do táxi tentou ultrapassar os dois caminhões, e no meio da ultrapassagem desistiu e bateu por traz do último caminhão.


Até o fechamento da matéria a vítima não havia sido identificada, pois não foi encontrado nenhum documento no veículo.O corpo da jovem foi recolhido e levado para o IML de Arapiraca para realização de autopsia.

16 de setembro é a emancipação política de alagoas


Alagoas comemora hoje, dia 16, 190 anos de sua emancipação política. Para comemora apenas o tradicional desfile de alunos de Escolas públicas e algumas bandas de fanfarra, que deve acontecer á tardem. Apesar da comemoração tímida por parte do governo do Estado, a história do Estado é marcada por muita luta.

Para lembra a data de hoje e fazer uma homenagem ao estado, o Alagoas Agora faz um recorte no passado do estado e conta um pouco da história que levou Alagoas a condição de capitania, depois província e finalmente Estado:

História

A História de Alagoas é a história pela posse da terra. Doadas as sesmarias, os novos proprietários procuraram logo fazer a derrubada das matas e plantar cana-de-açúcar, surgindo os engenhos banguês que sustentaram a economia alagoana durante quatro séculos, até serem substituídos pelas usinas.

Os primeiros engenhos surgiram nos vales dos rios Manguaba, Camaragibe e Santo Antônio, na região Norte de Alagoas. A terra fértil, logo adaptou-se a essa nova atividade. E, assim, começa a formar-se a chamada aristocracia açucareira, com as grandes famílias dominando a economia.
O escritor Manoel Diegues Júnior, em seu livro “O Banguê das Alagoas”, faz um relato apaixonado dessa atividade que iniciou o processo de desenvolvimento sócio-econômico e cultural da Comarca, Capitania e Província de Alagoas.

Mostra os costumes e tradições, a religiosidade, o domínio político, o folclore saído dos engenhos, enfim, um estudo de sociologia rural, que deveria ser lido por todos aqueles que realmente se interessam pela História desse povo bom, trabalhador, honesto e hospitaleiro, que é o alagoano.

Quando o primeiro donatário da Capitania de Pernambuco, Duarte Coelho visitou o Sul do seu domínio, deslumbrou-se com a região do baixo São Francisco, parando num local e dando início a povoação de Penedo. Lá construiu um forte , e daí em diante, foram surgindo novos moradores, culminando com o aparecimento da primeira vila fundada em Alagoas.


No século XVII, já despontando como a mais importante vila do Sul da Capitania de Pernambuco, foram sendo construidas as primeiras Igrejas e o convento, além de prédios diversos. Terra fértil, logo foi atraindo agricultores que plantavam todo tipo de lavoura, além do crescimento rápido da pecuária. O comércio expandiu-se. Penedo já era a mais importante vila, bem mais desenvolvida do que a chamada “cabeça-de-comarca”, a vila de Alagoas (atual Marechal Deodoro).


Emancipação

O tempo passou e a Comarca de Alagoas já esbanjava progresso, provocando ciumeira em meio as lideranças da Capitania de Pernambuco. Nas duas primeiras décadas do século XIX, já apresentava-se em condições de se tornar independente. Mas os donatários não aceitavam. Afinal, era daqui que eles abocanhavam uma boa parcela da arrecadação de impostos, além da grande produção de açúcar dos nossos engenhos.


O Ouvidor Batalha, sempre sonhava em transformar Alagoas em Capitania e, ser o seu primeiro governador. Aproveitou a Revolução Pernambucana, que tinha como objetivo libertar-se de Portugal e, iniciou seu plano. Os revolucionários já haviam conquistado o apoio da Paraiba e Rio Grande do Norte. Faltava Alagoas e Sergipe (Comarcas), além da Bahia e Ceará.


Um emissário foi enviado do Recife a Salvador, para tentar conquistar esse tão sonhado apoio. Passando por Alagoas, propagava os ideais revolucionários e conquistava alguns adeptos. Mas o Ouvidor Batalha não se encontrava na sede da Comarca e sim na vila de Atalaia, já em campanha em prol da emancipação política de Alagoas.


O emissário que trouxe a notícia para Alagoas e seguiu para Sergipe e Bahia, foi o Padre Roma. Aqui, encontrou um apoio de peso: o Comandante das Armas, Antonio José Vitoriano Borges da Fonseca, que atendendo ao pedido do Padre Roma, autorizou a destruição dos símbolos de Portugal e colocou em liberdade todos os presos.


Passou por cima da autoridade maior da Comarca: o Ouvidor Batalha. Escreveu ao Conde D’Arcos, governador da Bahia, informando sobre os ideais da Revolução Pernambucana e seu apoio, pedindo o dele. Não conseguiu. Arrependeu-se de ter seguido os conselhos do Padre Roma. Era tarde demais.


Em Atalaia, o Ouvidor Batalha, aproveitando os tumultos, escreve ao Conde D’Arcos comunicando-lhe das medidas que resolveu tomar: desmembrou a Comarca de Alagoas da jurisdição da Capitania de Pernambuco, enquanto durasse a revolução, e auto-nomeou-se governador provisório. Contou com o apoio que precisava, e venceu a batalha. Dias depois, Alagoas separou-se definitivamente de Pernambuco. Mas ele não conseguiu o que tanto sonhava: ser seu primeiro governador.


O decreto assinado por Dom João VI, em 16 de setembro de 1817, emancipando Alagoas de Pernambuco, transformando a Comarca em Capitania, estabeleceu como capital a vila de Alagoas (atual Marechal Deodoro) e nomeando como primeiro governador, o português Sebastião Francisco de Melo e Póvoas, que acabara de governar a Capitania do Rio Grande do Norte.

Primeiro Governador


Ao desembarcar no porto de Jaraguá, o governador encantou-se com a vila de Maceió. Foi recebido com muitas festas e, hospedou-se no sobrado de um português na esquina das ruas do Comércio e Livramento, onde hoje funciona a Ótica Flamengo.
Sua posse aconteceu na matriz de Nossa Senhora da Conceição, na capital, numa solenidade com muita pompa, autoridades diversas e muitos discursos. Mas o governador não gostou muito do aspecto urbano da antiga vila, sempre priorizando Maceió.


E essa opção pela vila ao invés da capital, fez com que várias autoridades protestassem. Os de Alagoas (Marechal Deodoro) não aceitavam sob hipótese alguma, a instalação de repartições públicas na vila de Maceió, enquanto o próprio governador e várias outras personalidades políticas, econômicas e culturais, preferiam mesmo que os principais órgãos públicos fossem instalados em Maceió, por ser mais desenvolvida que a capital, possuir um movimentado porto e toda a infra-estrutura de uma capital. E assim foi feito.


Melo e Póvoas instalou a Junta de Administração e Arrecadação da Real Fazenda, o Quartel Militar e a Alfândega. Ciumeira geral.


Maceió crescia a olhos vistos. O governador, mandou que fosse elaborada uma planta urbana, para proporcionar um novo visual a vila. O traçado das ruas e das praças e os melhoramentos necessários. E assim surgiram as ruas do Comércio, do Sol, Livramento, Boa Vista, Moreira Lima, Augusta, Nova, Alegria e as praças Dom Pedro II e Martírios. O traçado continua o mesmo. Nunca houve alargamento, mudando apenas a arquitetura das casas.


O governador afastou-se do cargo em fevereiro de 1822, retornando à Portugal. Criou-se uma junta governativa formada por Antonio José Ferreira, José de Souza Melo, Nicolau Paes Sarmento, Manoel Duarte e Antonio de Hollanda Cavalcante, que permaneceu até a independência do Brasil, quando a Capitania foi transformada em Província.



por Neilton Ferreira

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Delegado Mario Jorge deixa delegacia de Campo Alegre para comandar regional


O delegado de Polícia Civil Dr. Mário Jorge Barros estar deixando o comando da delegacia de Campo Alegre. O delegado assumirá a partir desta quarta-feira os trabalhos da Delegacia Regional de São Miguel dos Campos.


Mário Jorge assumiu a delegacia de Campo Alegre em 26 de julho de 2009, e de lá pra cá várias operações foram realizadas resultando em desarticulação de várias quadrilhas envolvidas em tráfico, roubo de cargas e homicídios.


“Quando cheguei aqui em 2009 encontrei a Delegacia com 26 inquéritos instaurados, terminei o ano com 111 inquéritos” disse o delegado. Só este ano já foram feitos 73 inquéritos.
Fazendo um balanço dos trabalhos executados pelo delegado e sua equipe no município ao todo foram realizadas, 09 operações com destaque para Campo Alegre Tranquila e Operação Ciclone, 75 prisões, 36 armas apreendidas entre elas espingardas, metralhadora, fuzil e centenas de munições, incluindo munições de alto calibre. Também foram realizadas algumas elucidações de alguns crimes de grande repercussão como o assassinato de Genildo do PT.


A transferência do Delegado foi publicada oficialmente no Diário Oficial do Estado na última sexta-feira 10 de setembro.“De todas as cidades que passei tive sempre contato com as pessoas de bem, estou saindo triste de Campo Alegre, desejo que os cidadãos de bem continuem acreditando no trabalho da polícia. Para os bandidos digo que estou assumindo uma regional que também inclui Campo Alegre assim vou continuar trabalhando por esse município”. Comentou o delegado.


Ele agradeceu ainda o apoio do prefeito Maurício Tenório, do vice-prefeito, da Câmara de Vereadores, de toda equipe do Fórum Municipal, Ministério Público e Justiça, e a toda sociedade campo-alegrense por dar credito ao trabalho desenvolvido por sua equipe.







por Alagoas Última Hora

domingo, 12 de setembro de 2010

Número de eleitores cai nas capitais e sobe no interior do país

Dados do cadastro eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para as eleições gerais do próximo dia 3 de outubro revelam que houve um fluxo do eleitorado das capitais para o interior do país, em relação aos números registrados no mesmo período para as eleições municipais de 2008. São 459.319 eleitores a menos nas capitais e 5 milhões 591 mil 284 a mais no interior.


Nas capitais houve redução do número de eleitores de 31.026.275 para 30.566.956 apurados este ano. Já no interior, o número de pessoas aptas a votar passou de 99.445.801 para 105.037.085 eleitores.


Os dados do IBGE apontam um crescimento da população brasileira de 189.612.814 habitantes, nas eleições de 2008 para 193.252.604 pessoas em 2010. O aumento registrado no eleitorado correspondeu ao crescimento populacional nos 5.567 municípios brasileiros.


Em 2008 eram 130.604.430 eleitores, enquanto que o eleitorado calculado para este ano está em 135.804.433 pessoas, ou seja, devem comparecer às urnas 5.200.003 eleitores a mais que os registrados nas eleições municipais de 2008.




O número de brasileiros que vivem no exterior e estão aptos a votar também subiu nos últimos dois anos de 132.354 para 200.392 eleitores. Há, contudo uma ressalva: em 2008 essas pessoas não puderam participar das eleições, porque o voto no exterior só é permitido para os cargos de presidente e vice-presidente da República e aquelas eleições foram realizadas para a escolha somente de prefeitos e vereadores.




Para este ano está previsto o voto para brasileiros domiciliados em 109 países, onde serão instaladas 621 seções eleitorais. A maior parte das seções é para os Estados Unidos, onde residem 66.940 brasileiros aptos a votar.





Isso mostra que os eleitores do interior fazem a diferença na hora de votar.










por Neilton Ferreira com TSE

sábado, 11 de setembro de 2010

Ônibus da Empresa Real Alagoas foi assaltado próximo a Campo Alegre


Um ônibus da Empresa Real Alagoas foi alvo de assalto por três homens armados por volta do meio dia desta sexta-feira 10, em um trecho da rodovia AL 220 entre os municípios de Campo Alegre e Limoeiro de Anadia. O ônibus fazia linha Maceió com destino a Arapiraca.

Os três elementos que se passavam por passageiros teriam entrado no ônibus em São Miguel dos Campos, armados anunciaram o assalto nas proximidades da Fazenda Santa Rita e levaram dinheiro, cartões de créditos, celulares e outros pertences dos passageiros. Um deles chegou a atira contra a câmera do ônibus.

Segundo informações da Polícia só de um empresário os elementos levaram 2 mil reais e 40 aparelhos celulares.

Uma equipe da Polícia Militar de Campo Alegre foi até o local após receber informações de moradores da fazenda.

A polícia fez buscas na região, mas não conseguiu interceptar os bandidos por conta das precárias condições das estradas de terra. “Quase que nossa viatura ficou atolada” falou o PM Diogo.

Na fuga os elementos roubaram uma moto de um casal de banhistas que estavam na localidade conhecida como Rio branco e fugiram com destino desconhecido.

Os passageiros foram levados para a Central de Polícia de Arapiraca para realização de Boletim de Ocorrência.



por Márcio José - Alagoas Última Hora

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Prefeitura de Campo Alegre inaugura Casa de Passagem e realiza sonho antigo



Um sonho que já durava 05 anos foi concretizado na manhã desta quinta-feira 09 de setembro, com a inauguração da Casa de Passagem de Campo Alegre. A inauguração do órgão que funcionará ligado a Secretaria Municipal de Assistência Social contou com presença de várias autoridades do município, como o prefeito Maurício Tenório e o promotor Andresson Charles.

A casa de passagem que recebe o nome em homenagem ao inesquecível lutador pelas causas sociais do município senhor Hélio Vieira Gama funcionará durante 24 horas por dia atendendo a crianças e adolescentes que necessitem de atendimento do referido órgão.

Durante a inauguração várias autoridades fizeram uso da palavra, destaque para a fala da coordenadora da Casa de Passagem, conselheira tutelar Maria Irisdelma que agradeceu o empenho e a luta do prefeito Maurício Tenório, do promotor Dr. Andresson e demais autoridades para consolidação deste projeto. O presidente do Fórum dos Conselhos do Estado de Alagoas Dr. Edmilson destacou a importância de que todo município tenha uma casa de passagem.

O vereador presidente da Câmara Benedito Roberto disse que o poder legislativo municipal não medirá esforços para apoiar as ações da nova Casa de Passagem. Já o prefeito Mauricio Tenório disse da importância de fazer as realizações com responsabilidade, e externou sua estima ao homenageado Hélio Vieira Gama.

O promotor Andresson Charles destacou a luta pela Casa de Passagem que já durava cerca de cinco anos e que veio ganhando força durante esse tempo até a concretização desta inauguração, e finalizou seu discurso com um poema de Casimiro de Abreu que fala sobre a infância.

A esposa do homenageado senhora Fátima bastante emocionada agradeceu a lembrança e a justa homenagem a quem tanto fez por Campo Alegre e emocionou a todos os presentes. Outras autoridades também usaram da palavra na ocasião.

Também estiveram no evento os vereadores Jura e Toinho da saúde, a secretária de educação Nadja Maria, a secretaria de Ação Social Kellyn Rafaella, O secretário de saúde senhor Paulinho, a secretária de Agroindústria senhora Lúcia Maria e o Secretário de esportes Alvinho Guimarães, além de conselheiros tutelares dos conselhos de Campo Alegre e Distrito de Luziápolis.



por Blog do Márcio José

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Voto: A força da cidadania

Você ainda se lembra em quem votou na última eleição? Se respondeu sim, parabéns! Pois as pesquisas mostram que a maioria dos eleitores não consegue responder a essa pergunta.


Ao votar em uma pessoa, transferimos para ela um poder que pertence a cada cidadão e cidadã. É como se passássemos uma procuração para que outra pessoa decida em nosso nome, por um período de quatro anos. Essa procuração é o mandato dado pela Justiça Eleitoral, em nome da população. Por isso, todo cidadão tem o direito de cobrar dos eleitos que cumpram os compromissos assumidos na campanha e que trabalhem de maneira ética e responsável. O problema é que muita gente não tem consciência do seu próprio poder político e acredita que o mandato é uma conquista dos candidatos vitoriosos, um prêmio que recebem para usarem à vontade.



Nos tempos do império, somente os homens livres, proprietários ou que provavam ter certa renda anual, podiam votar. A República ampliou o número de eleitores, mas até 1930 eles não chegavam a 5% da população total. Só em 1933 o direito de voto foi estendido às mulheres. Mas as pessoas analfabetas, soldados, cabos, índios e os jovens entre 16 e 18 anos só em 1988 conquistaram o direito de voto.



Felizmente, hoje o Brasil já tem mais de 100 milhões de pessoas legalmente aptas a votarem. É um grande avanço para a democracia, mas seria ingenuidade pensar que todas essas pessoas conhecem as regras jurídicas do processo eleitoral. No mês passado refletimos sobre as relações entre o Poder Executivo (prefeito e secretários) o Legislativo (vereadores). No próximo mês refletiremos sobre as regras das eleições proporcionais.Desta vez refletiremos sobre um grave problema.


A CORRUPÇÃO


A corrupção é um dos maiores inimigos do povo e da democracia. Infelizmente, ela existe por toda parte. Em nosso país suas formas mais freqüentes são o clientelismo e a corrupção eleitoral. É preciso saber como funcionam, para que sejam denunciadas e eliminadas.



Os cargos políticos trazem muitas vantagens pessoais para quem os conquista. Além das vantagens legítimas, previstas por lei (como a boa remuneração, a imunidade parlamentar e a contratação de assessores) eles abrem possibilidade também para vantagens ilegítimas, decorrentes do uso do poder público para alcançar benefícios privados. Isso se dá, por exemplo, quando o Executivo contrata empreiteiras que praticam o superfaturamento ou que fazem obras com material de qualidade inferior ao previsto e embolsam a diferença. Depois dividem o lucro ilegal, seja como financiamento para a campanha eleitoral, seja como depósito fora do Brasil.
No caso de parlamentares, a forma mais usual de corrupção está na venda do voto para certos projetos de lei. Um exemplo: num bairro onde só são permitidas residências até quatro andares, uma empresa imobiliária quer construir grandes edifícios e tem grande interesse em ver aprovada uma lei que mude o plano diretor municipal. Alegando que o projeto favorecerá o desenvolvimento urbano, a maioria dos vereadores o aprovará, recebendo depois um apartamento cada um... Esta é uma forma de corrupção tão difícil de ser provada, que alguns parlamentares chegam a dizer, cinicamente, que "é dando que se recebe"

Políticos corruptos, que buscam vantagens ilegítimas nos cargos públicos, só conseguem alcançar seus propósitos encobrindo-os com falsas promessas ou comprando votos de pessoas que desconhecem o valor do seu voto. São como lobos cobertos por peles de ovelhas, que se aproveitam da necessidade econômica de muitos cidadãos honestos, para oferecerem benefícios de ordem material na certeza de que quem recebe tais benefícios só poderá retribuir com o voto nas eleições.


Foi para combater eficazmente essa forma perversa de compra de votos, que em 1997 a Comissão Brasileira Justiça e Paz (organismo vinculado com a CNBB) lançou a proposta de "Combate à Corrupção Eleitoral". Ela obteve a adesão de muitos grupos e organizações e conseguiu reunir mais de um milhão de assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular. Ela foi aprovada pelo Congresso Nacional e passou a vigorar como a Lei 9840, que pune a compra de votos com a perda do mandato.


Esta foi uma vitória importante na luta contra a corrupção e os resultados são animadores: uma pesquisa divulgada em outubro de 2007 revelou que desde o ano 2000, ano da primeira eleição em que foi aplicada a Lei 9840, a Justiça Eleitoral cassou o mandato de 623 políticos acusados de compra de votos.


É claro que ainda há muitos passos a dar para eliminar a corrupção da cena política brasileira, pois ainda existe candidato que compra e eleitor que vende voto. O primeiro passo é a formação da consciência de que "voto não tem preço, tem conseqüência". Cada voto é precioso, porque é a procuração que damos a alguém para nos representar no exercício do Poder Público e todos queremos ter dignos representantes. Outro passo importante é fazer que as denúncias de corrupção eleitoral cheguem ao Ministério Público. Para isso, o melhor instrumento de ação são os Comitês de Combate à Corrupção de Eleitoral. Se houver pelo menos um comitê por município (nos municípios maiores é recomendável pelo menos um por zona eleitoral), só o medo de ser denunciado inibirá os políticos mal-intencionados.



Enfim, também na política vale a sabedoria do Evangelho: "pelos frutos, reconhecereis a árvore": político que tem muito dinheiro para gastar na campanha, ou que distribui favores, certamente não é árvore boa porque, se for eleito, ele fará de tudo para recuperar tudo que tiver gastado na campanha...


Convém estar atento aos candidatos que fazem doações para festas e eventos comunitários, oferecem faixas para festas religiosas, patrocinam torneios esportivos, facilitam consultas médicas e tratamento de dentes...


Após refletir sobre tudo isso, vai aqui um desafio: - o que você fará este ano para combater a corrupção eleitoral?

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Você sabia que no dia 2 de setembro comemora-se o Dia do Repórter Fotográfico?


Quem é o repórter fotográfico?

O repórter fotográfico surgiu com a fotografia jornalística, e o seu reconhecimento como tal, deu-se ao longo da história que muitos retrataram para a posteridade. Identificar o repórter fotográfico deve passar por alguns critérios técnicos no que se refere ao acto de fotografar, de utilizar o equipamento e de comportar-se diante dos acontecimentos. Um bom fotógrafo deve saber identificar as imagens que melhor irão informar e de certa forma adaptar-se aos textos. A informação, o entretenimento e um grande poder de indução para o jornal fazem parte das qualificações de uma imagem fotojornalística. Os fotógrafos de jornais não são ilustradores de eventos, ou simples retratistas, mas profissionais que devem conseguir passar ao leitor uma visão dos factos e acontecimentos, obtidos em segundos através do uso das suas câmaras fotográficas e que certamente irão gerar questões e deixarão perguntas no ar para o leitor. O trabalho do repórter fotográfico é algo muito amplo devendo conter uma produção consciente do que vê, retrata e informa através de fragmentos de luz tornando estes acontecimentos significativos e muitas vezes em dramáticos poemas do quotidiano humano. Esperar o momento certo do "clic", segundo Pedro Martinelli, não é possível ao repórter de jornal ou revista, pois os mesmos tem prazos a serem cumpridos e os acontecimentos são impregnados de adrenalina, e a antecipação aos acontecimentos para apanhá-los no seu ápice é uma das armas do repórter de imagem. A agenda que podemos entender como a fotografia antecipadamente determinada a ser realizada, não pode ser o limitador da criatividade e da autenticidade da realidade a ser fotografada, mas uma orientação para concentrarmos o nosso objectivo a ser alcançado. Os imprevistos dos acontecimentos pré determinados, muitas vezes geram mais informação que o facto principal.

A atenção a todos os detalhes é fundamental para a obtenção de imagens únicas e significativas. As emoções pessoais não devem ser ignoradas, mas utilizadas como sinais que lhe identificam a hora de apertar o botão. Não pense muito, chamou a atenção, fotografe! O repórter fotográfico deve ter presente que deve simplesmente usar o lugar, a sua criatividade, o seu equipamento e liberdade para que o momento que se depara à frente da sua câmara, seja registado de forma a que venha a informar de maneira única e real o acontecimento. Estabelecer uma empatia entre o leitor e a imagem, obriga ao repórter fotográfico um pleno conhecimento do equipamento, muita disciplina para a execução da foto e um bom conhecimento de fotografia. A luz, o principal elemento da fotografia não deve ser combatido, mas utilizado como o grande aliado na obtenção das imagens.
Adaptar-se é o grande segredo do repórter fotográfico, que percebendo as luzes incidentes nos acontecimentos deve posicionar-se de forma a que estas lhe auxiliem na obtenção das fotografias desejadas. As regras para se actuar como repórter fotográfico consistem particularmente numa postura e atitude do fotógrafo diante dos acontecimentos. Intuição, criatividade e perspicácia serão os ingredientes para a obtenção de boas fotografias jornalísticas e para a criação de um estilo único e particular. Conhecer os equipamentos que serão utilizados, tais como o perfeito funcionamento de câmaras, objetivas, flashes, as propriedades e finalidades dos filmes que irá utilizar, lhe darão segurança na altura de realizar as fotografias.
A atenção a acção, ao desenrolar dos acontecimentos acompanhados de uma boa intuição e confiança no trabalho que desempenha, também serão os seus aliados na obtenção dos melhores momentos a serem fotografados. As decisões de chegar antes dos acontecimentos marcados, com a credencial para realizar o seu trabalho e a atitude de ser sempre o último a retirar-se do palco dos acontecimentos, tem rendido a muitos repórteres fotográficos, a possibilidade de obterem imagens únicas e especiais. O facto de adiantar-se no local dos acontecimentos permite sempre um estudo antecipado da iluminação existente, do local onde se desenrolará os factos e permite, ainda, escolher o melhor posicionamento para o desempenho das tarefas agendadas. Assegurar-se sempre que leva consigo a documentação que o identifica como profissional de imprensa, lhe possibilitará maiores facilidades no desempenho da reportagem fotográfica. A pressa não combina muitas vezes com o repórter fotográfico. Pressa no sentido de fazer o serviço rapidamente para livrar-se do mesmo.
A serenidade no agir, a polidez, a educação, a paciência, o afastamento de conceitos tipo "é impossível", são alguns dos aprimoramentos que a "pessoa" do repórter deve cultivar. Uma boa fotografia jornalística não tem 'timing' para acontecer, portanto o repórter fotográfico deve despojar-se de horários e vontades de fotografar, pois os acontecimentos são recheados de momentos únicos e irrepetíveis. A espontaneidade de um assunto a ser fotografado dependerá muitas vezes da empatia estabelecida entre o fotógrafo, o assunto e o ambiente onde o mesmo deverá acontecer. Câmaras, flashes, fotógrafos costumam assustar e a tornarem tensos os protagonistas de muitos acontecimentos, portanto antes de fotografar mova-se pelo ambiente com discrição e tranquilidade, até que a sua presença não desperte muita atenção, começando aí então a realizar seu trabalho.
O facto de ter chegado cedo certamente em situações como esta será de grande ajuda, pois a sua identificação com o ambiente dos acontecimentos será mais fácil e despojada de destaque desnecessário. A utilização de objectivas luminosas, películas adequadas e o aprimoramento da técnica de fotografar permitiram superar adversidades ocasionadas por iluminação deficiente, iluminação com intensidade diversa, falta de espaço, impossibilidade de aproximar-se ao assunto. Finalmente devemos ter presente que a função do repórter fotográfico é registrar factos, acontecimentos e momentos essenciais para o ser humano, em imagens com o objectivo de informar, de questionar, de esclarecer e gerar opiniões aos leitores de jornais e revistas. Como tal, o repórter fotográfico deverá dispor de um equipamento no mínimo básico para realizar os seus trabalhos; porém dar conselhos sobre equipamentos fotográficos é delicado e sempre a escolha dependerá de uma decisão pessoal.