Todo mundo sabe que a campanha de 2010 já começou, mesmo não podendo começar. A regra é muito clara: não pode e todos sabem disso. Mas toda vez que um político tenta dar um passo maior que a perna antes da hora, logo imagina que isso deva ser feito por meio da Internet.
Isso é até compreensivo. Após uma campanha como a do presidente norte-americano Barack Obama, dois grupos começaram a se movimentar. O primeiro é formado pelos experts em Obama. Viram tudo, acompanharam tudo e acreditam mesmo que a receita de bolo, um pouco de vontade e uma overdose de mídias sociais podem dar em alguma coisa. Pimba! Como se a Internet fosse uma coisa mágica.
A outra vertente é formada pelos “aloprados”. Eles são os mais apressados, os que fazem primeiro e pensam depois. São aqueles que já começaram a fazer “alguma coisa”, também ficam de olho na receita de Obama e simplesmente ignoram a lei eleitoral. E é aí que mora o perigo. Como se a Internet permitisse tudo e fosse um terreno sem lei.
Obama chegou à vitória, entre outras coisas, porque fez bom uso de dois ingredientes importantes: primeiro, o tempo de campanha, de dois anos, enquanto no Brasil só temos quatro meses. Isso foi suficiente para planejar, acertar o rumo quando foi preciso e ainda dedicar tempo para o meio online. E foi o fator tempo que potencializou o segundo ingrediente: o relacionamento sólido, contínuo e personalizado, feito especialmente pela Internet. Chegou perto, conversou com diversos públicos, não despejou simplesmente propaganda e por isso conquistou confiança. Mostrou que uma boa campanha, online ou não, é fruto de um planejamento minucioso.
Agora, voltando ao título, vamos esquecer Obama. A campanha aqui é diferente e vai continuar diferente da americana. E já que não temos dois anos de campanha, o máximo que é possível fazer é se preparar adequadamente para 2010. Como? Respeitando a lei, conhecendo o terreno que precisará ser pisado e procurando saber por onde andam (ou navegam) os eleitores. O que falam e o que esperam de um político.
É claro que sei que muitos políticos não vão esperar até o dia 5 de julho de 2010 para iniciar suas campanhas. Como sei também que essa pressa toda pode colocar tudo a perder, listei algumas premissas que, se respeitadas, podem ajudar. São elas:
1 – Respeitar a lei. A campanha eleitoral só começa em julho de 2010. Por isso, todo cuidado é pouco para não colocar a perder uma candidatura, muitas vezes, promissora.
2 – Aprender sobre o meio. Procurar saber mais sobre a Internet, mídias sociais, o que as pessoas estão usando e como estão usando. Entender o motivo pelo qual muita gente está preferindo o meio online a jornais, revistas e TV.
3 – Conversar (também) online. Todo político visita e conversa com suas bases. O que a maioria dos políticos não sabe é que essa conversa pode ser bem mais freqüente, próxima e produtiva na Internet.
4 – Usar a Internet significa dedicar tempo. Não é sair criando contas de e-mail, blogs, sites, comunidades e deixá-las largadas. Isso é fatal. Algo como divulgar um novo 0800 que ninguém atende.
5 – Estabelecer um relacionamento, o mais personalizado possível, com seus apoiadores. Cadastrar, manter o contato freqüente e tratar suas bases como ouro. Elas são como ouro mesmo e essas ações podem fazer diferença na hora do pleito.
6 – Monitorar a imagem digital. Antigamente se dizia que era bom estar bem na foto. Agora é fundamental estar bem no Google. Se o passado condena determinado político, certamente todos irão saber. Isso é meio óbvio, mas em tempos de tráfego rápido de informações é importante aumentar os cuidados com a reputação – digital ou não.
7 – Ter cuidado com os “aloprados”. Não apenas para conter suas idéias “brilhantes” que acabam mal, mas também para mantê-los bem longe de confusões. Algo sempre respinga e, na Internet, pega fogo rapidinho.
8 – Não forçar a barra. Só existe um Obama e bem longe daqui. Não dá para, de repente, querer parecer mais digital do que sempre foi para agradar o eleitorado. A chamada web 2.0 mostrou que a verdade e a naturalidade são sempre os melhores artifícios.
9 – Ser transparente. É isso que as pessoas esperam de um ambiente de conversa. Se iniciar um blog, é preciso se dedicar a ele, deixando claro quem o escreve, o próprio político – o que é muito raro – ou um apoiador.
10 – Respeitar as pessoas na Internet. Oferecer conteúdo que não corresponde à realidade ou mesmo sair colhendo e-mails para listá-los em uma estratégia muita usada chamada Spam são exemplos de furada. O feitiço pode virar contra o feiticeiro.
O importante disso tudo é que, mesmo com todas essas restrições e recomendações, há uma infinidade de boas ações que podem ser realizadas por meio da Internet em benefício dos candidatos e eleitores sem desrespeitar a lei. Graças à Web, o contato entre políticos e população pode ficar mais estreito. Bom para as pessoas que querem ser ouvidas e fazer uso do legítimo direito de participar das decisões que mexem com seu dia-a-dia. E bom para os políticos que, ao abrirem um novo canal de conversa com seus eleitores, podem garantir votos decisivos nas próximas eleições.
Isso é até compreensivo. Após uma campanha como a do presidente norte-americano Barack Obama, dois grupos começaram a se movimentar. O primeiro é formado pelos experts em Obama. Viram tudo, acompanharam tudo e acreditam mesmo que a receita de bolo, um pouco de vontade e uma overdose de mídias sociais podem dar em alguma coisa. Pimba! Como se a Internet fosse uma coisa mágica.
A outra vertente é formada pelos “aloprados”. Eles são os mais apressados, os que fazem primeiro e pensam depois. São aqueles que já começaram a fazer “alguma coisa”, também ficam de olho na receita de Obama e simplesmente ignoram a lei eleitoral. E é aí que mora o perigo. Como se a Internet permitisse tudo e fosse um terreno sem lei.
Obama chegou à vitória, entre outras coisas, porque fez bom uso de dois ingredientes importantes: primeiro, o tempo de campanha, de dois anos, enquanto no Brasil só temos quatro meses. Isso foi suficiente para planejar, acertar o rumo quando foi preciso e ainda dedicar tempo para o meio online. E foi o fator tempo que potencializou o segundo ingrediente: o relacionamento sólido, contínuo e personalizado, feito especialmente pela Internet. Chegou perto, conversou com diversos públicos, não despejou simplesmente propaganda e por isso conquistou confiança. Mostrou que uma boa campanha, online ou não, é fruto de um planejamento minucioso.
Agora, voltando ao título, vamos esquecer Obama. A campanha aqui é diferente e vai continuar diferente da americana. E já que não temos dois anos de campanha, o máximo que é possível fazer é se preparar adequadamente para 2010. Como? Respeitando a lei, conhecendo o terreno que precisará ser pisado e procurando saber por onde andam (ou navegam) os eleitores. O que falam e o que esperam de um político.
É claro que sei que muitos políticos não vão esperar até o dia 5 de julho de 2010 para iniciar suas campanhas. Como sei também que essa pressa toda pode colocar tudo a perder, listei algumas premissas que, se respeitadas, podem ajudar. São elas:
1 – Respeitar a lei. A campanha eleitoral só começa em julho de 2010. Por isso, todo cuidado é pouco para não colocar a perder uma candidatura, muitas vezes, promissora.
2 – Aprender sobre o meio. Procurar saber mais sobre a Internet, mídias sociais, o que as pessoas estão usando e como estão usando. Entender o motivo pelo qual muita gente está preferindo o meio online a jornais, revistas e TV.
3 – Conversar (também) online. Todo político visita e conversa com suas bases. O que a maioria dos políticos não sabe é que essa conversa pode ser bem mais freqüente, próxima e produtiva na Internet.
4 – Usar a Internet significa dedicar tempo. Não é sair criando contas de e-mail, blogs, sites, comunidades e deixá-las largadas. Isso é fatal. Algo como divulgar um novo 0800 que ninguém atende.
5 – Estabelecer um relacionamento, o mais personalizado possível, com seus apoiadores. Cadastrar, manter o contato freqüente e tratar suas bases como ouro. Elas são como ouro mesmo e essas ações podem fazer diferença na hora do pleito.
6 – Monitorar a imagem digital. Antigamente se dizia que era bom estar bem na foto. Agora é fundamental estar bem no Google. Se o passado condena determinado político, certamente todos irão saber. Isso é meio óbvio, mas em tempos de tráfego rápido de informações é importante aumentar os cuidados com a reputação – digital ou não.
7 – Ter cuidado com os “aloprados”. Não apenas para conter suas idéias “brilhantes” que acabam mal, mas também para mantê-los bem longe de confusões. Algo sempre respinga e, na Internet, pega fogo rapidinho.
8 – Não forçar a barra. Só existe um Obama e bem longe daqui. Não dá para, de repente, querer parecer mais digital do que sempre foi para agradar o eleitorado. A chamada web 2.0 mostrou que a verdade e a naturalidade são sempre os melhores artifícios.
9 – Ser transparente. É isso que as pessoas esperam de um ambiente de conversa. Se iniciar um blog, é preciso se dedicar a ele, deixando claro quem o escreve, o próprio político – o que é muito raro – ou um apoiador.
10 – Respeitar as pessoas na Internet. Oferecer conteúdo que não corresponde à realidade ou mesmo sair colhendo e-mails para listá-los em uma estratégia muita usada chamada Spam são exemplos de furada. O feitiço pode virar contra o feiticeiro.
O importante disso tudo é que, mesmo com todas essas restrições e recomendações, há uma infinidade de boas ações que podem ser realizadas por meio da Internet em benefício dos candidatos e eleitores sem desrespeitar a lei. Graças à Web, o contato entre políticos e população pode ficar mais estreito. Bom para as pessoas que querem ser ouvidas e fazer uso do legítimo direito de participar das decisões que mexem com seu dia-a-dia. E bom para os políticos que, ao abrirem um novo canal de conversa com seus eleitores, podem garantir votos decisivos nas próximas eleições.
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